quinta-feira, 29 de março de 2018

MONTREAL EM FESTA

COMUNIDADE PORTUGUESA MONTREAL MARÇO 2018 Síntese de uma viagem contada na primeira pessoa A minha anfitriã foi Adelaide Vilela, que conheci numa primeira visita a Montreal em 1980. "Como o tempo passa". Há títulos de livros que são verdades eternas. Difícil de acreditar subjetivamente, mas 1980 foi há 38 anos, e essa minha "viagem de achamento", foi, se não me engano, precisamente em março. Recordo, como se tivesse sido ontem, a receção do célebre Maire Drapeau, a conversa sobre os Jogos olímpicos e sobre De Gaulle, na chão da varanda, onde gritara e seu "slogan" mobilizador. "Vive le Québec libre" - (hélas, nenhum referendo cumpriu, ainda, o sonho gaullista e o voto dos portugueses sempre foi no sentido de manter o Canadá maior e mais multicultural). Lembro a visita às escolas de português, à igreja de Santa Cruz e aos clubes... Todo esse mundo permanece. no horizonte há tanto de esperanças como de receios. Menos alunos nas escolas, alguns clubes a fecharem as portas. incerteza nas configurações que o futuro reserva ao movimento associativo tradicional, que evoluiu com gente da minha geração... Foi ainda esse o universo que revisitei, graças aos convites de Adelaide Vilela e de Norberto de Aguiar. Adelaide Vilela é uma daquelas raras mulheres, que conseguiu irromper, ostensiva e imparavelmente, numa "república de homens", como são, ou eram até há pouco, as comunidades da emigração. Uma mulher guerreira de boas causas, cheia de ímpeto e generosidade. Incrível a coragem e a energia que mantém aos 63 anos, apesar de um doença muscular, que já a obrigou a dezenas de cirurgias, a última das quais muito recente! Fez o lançamento de dois livros, num jantar de gala, com duas centenas de convivas, em que voluntários de todas as idades, leram poesia e prosa da Autora. O Cônsul- geral e eu integrámos a longa lista. Foi diferente, interessante, caloroso, nas instalações de um dos mais 200 - ou 300 - salões do Espírito Santo, que existem nas duas costas da América do Norte. E, no domingo, o jornal Luso presse, que é um dos melhores do mundo da emigração, organizou pela 18ª vez consecutiva o seu "dia internacional da Mulher", com uma homenagem a ... Maria Barroso! Depois, ficámos à conversa num excelente e tranquilo restaurante até às tantas. Já não ia a Montreal há 10 anos!!! Aceito estes convites, sempre que posso - prefiro pagar viagens longas para estes reencontros de amigos do que para passar férias em praias paradisíacas. Para férias, basta-me o mar de Espinho

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